Muitas listas já estão disponíveis na internet com curiosidades sobre carros, mas poucas trazem informações sobre motor de carro.
Portanto, o objetivo dessa vez é falar justamente do coração.
Afinal, sem a implementação do motor, justamente o que tirou a tração animal da equação, não estaríamos falando de automóveis, mas de carroças.
1 – O inventor do carro foi quem botou o motor à combustão na carroça
A partir da invenção de Nikolaus August Otto, coube ao engenheiro alemão Karl Benz a façanha de implementar o conceito do motor de combustão interna, unindo-o ao chassis.
E, por isso, Benz é considerado o inventor do automóvel.
Foi Benz o responsável também pela invenção de itens como o carburador, a vela de ignição, a centelha provocada por energia elétrica armazenada em uma bateria, o radiador, a caixa de marchas e a embreagem, entre outros.
Ou seja, o carro que temos hoje veio quase que todo de seus conceitos, patenteados a partir de 1878.
2 – Mais da metade do petróleo produzido no mundo é consumido por carros.
Vamos à parte ruim do setor automotivo.
Depois de tanto tempo com carros sendo produzidos, 72% de todas as emissões globais de CO2 advindos do setor de transportes, são provenientes de veículos rodoviários.
Isso porque os motores de combustão interna são, em sua esmagadora maioria, ainda movidos à gasolina ou óleo diesel.
Afinal, por mais eficientes que os motores automotivos tenham se tornado, nas duas últimas décadas, há mais veículos sendo utilizados ao redor do mundo.
3 – Por que a potência do motor é medida em cavalos?
Quem criou o termo foi o inventor escocês James Watt, que fabricava motores a vapor no século 18.
É que havia a necessidade de dar alguma informação empírica sobre a potência de um motor. Desse modo nasceu o cavalo-vapor (cv) e o horse power (hp), por exemplo.
Assim, 1cv é a potência necessária para erguer um peso de 75kg a uma altura de 1m, em 1 segundo.
Então, para ilustrar isso ele utilizava o desenho de um cavalo, erguendo o peso através de uma polia.
Ah! Se na sua casa tem uma lâmpada de 60, 75… 100 watts, é por causa dele, também.
4 – Downsizing
Antigamente, os motores de carro eram feitos apenas de ferro fundido, tanto blocos quanto cabeçotes, e por isso eram pesadões.
Com o passar dos anos, e com a necessidade de melhorar o desempenho, novos materiais, como ligas especiais de alumínio começaram a ser utilizadas em processos especiais de fundição.
Isso melhorou não apenas o peso, mas diminuiu o tamanho, deixou os motores mais eficientes e resistentes.
Posteriormente isso possibilitou os motores de 1.3 litros atuais com potências em torno de 85cv, o que é ótimo!
5 – Fiat 147 – o primeiro a ser movido a álcool
Cabe ao Brasil a invenção de um motor com uma característica muito peculiar. Ele é movido a álcool.
E, mais importante, numa era de motores muito poluidores, o motor a álcool foi uma solução encontrada por engenheiros brasileiros na década de 1970, quando houve um aumento elevado nos preços dos barris de petróleo.
Mas também, motores movidos a diferentes tipos de combustíveis existem desde os primórdios, contudo nunca foram implementados em tão larga escala também.
Portanto, hoje em dia, é inegável o sucesso do motor a álcool, e o Brasil é vanguarda absoluta no segmento.
6 – Por que só o Brasil utiliza motores movidos à álcool?
Não é verdade que só o Brasil utilize o álcool como combustível, mas é verdade que o Brasil é o único país que utiliza o álcool em grande escala e tem a maior frota do mundo movida exclusivamente com o álcool.
É que a produção maciça de etanol depende de áreas plantadas em larga escala, o que é muito difícil em outros países, principalmente na Europa, que utiliza suas poucas áreas basicamente para a produção de alimentos.
Uma alternativa à cana-de-açúcar para a produção de etanol é o milho, como faz os EUA, em que 4% da frota utiliza álcool anidro.
No entanto, o milho oferece uma produtividade bem menor.
Outra coisa: as próprias plantações de cana são responsáveis por absorverem grande quantidade das emissões de efeito estufa, muito mais que os milharais
7 – Motores elétricos – a solução final
A pergunta seria então: Se os países europeus já compram petróleo do exterior, por que não compram o álcool?
Bem, isso tornaria viável a universalização do álcool, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis, principalmente o diesel, extremamente poluidor.
Contudo não é bem assim que a banda toca.
É que, se for para mudar a matriz energética, a opção é o motor elétrico. Esse sim, consegue atingir zero emissão de poluentes!
Mas a autonomia sempre foi o grande problema, pois as baterias, até então, apropriadas a automóveis elétricos, eram muito limitadas nesse quesito.
Concluindo, a disseminação definitiva do carro elétrico passa por um último obstáculo: a possibilidade de recarregar seu carro, durante a noite, na sua própria casa, sem a necessidade de procurar um posto para reabastecimento.
Mas e se você estiver viajando?
Ninguém quer esperar mais que alguns minutos para ter seu carro reabastecido, certo? Se um celular demora horas, imagina um carro!