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Quando é a hora de trocar a caixa de câmbio?

Ela é o coração de qualquer carro, e, se quebrar, pode trazer uma dor de cabeça das grandes para o motorista. Mas você sabe exatamente o que é e como funciona a caixa de câmbio, conhecida também como caixa de marchas do seu carro? É o que vamos te explicar nesse artigo.

Primeiramente, é necessário que você entenda para que serve este dispositivo. A caixa de câmbio é responsável por fazer a transmissão do movimento emitido pela força do motor para as rodas fazendo com que o carro ande. Portanto, a sua função principal é multiplicar a força para gerar a velocidade do carro. Por meio do sistema de transmissão, a caixa distribui os comandos de força, tração e torque para as rodas, de modo que elas tenham o melhor rendimento, levando em consideração o atrito e outras variáveis como o terreno no qual o motorista está dirigindo e a potência do motor.

Ela é dividida em dois tipos: manual e automática. A caixa de câmbio manual exige o uso da embreagem e, como o próprio nome sugere, necessita do acionamento de uma alavanca (no caso, o câmbio) para a mudança de marchas. A transmissão manual tem manutenção mais barata e dá mais autonomia ao motorista no controle da velocidade e troca de marchas. Como desvantagens, destacam-se a predisposição a erros no curso das marchas, prejudicando o funcionamento e velocidade do carro e o uso constante do pedal, que pode ser cansativo para o motorista em situações de engarrafamento, por exemplo.

Já a transmissão automática recorre a um equipamento chamado conversor de torque para fazer a troca de marchas. Esse mecanismo opera com um sistema hidráulico, que tem a pressão elevada ou reduzida de acordo com a rotação do motor. Curiosamente, as primeiras tentativas de criação de caixas de marcha automáticas são da década de 1970, mas foi nos anos 2000 que modelos como o Corolla, o Vectra e o Omega ajudaram a popularizar este tipo de caixa de câmbio no Brasil. Atualmente, as versões de carros com transmissão automática possuem entre quatro e dez marchas.

Um levantamento realizado pela Bright Consulting indicou que 55,5% dos carros emplacados no Brasil em 2021 eram automáticos, o que mostra um forte crescimento na comercialização deste tipo de veículo no país. As principais vantagens do câmbio automático são o conforto para o motorista e a durabilidade: é muito raro uma caixa de câmbio automática quebrar e precisar de substituição. As principais desvantagens são o custo da manutenção, que é mais alto, e a impossibilidade de fazer o carro “pegar no tranco” em caso de defeitos.

Apesar de a substituição da caixa de câmbio não ser um procedimento de rotina, é sempre bom estar preparado porque isso pode ocorrer tanto nos carros manuais quanto nos automáticos. E é necessário estar atento para saber identificar quando é necessário fazer a troca. Separamos algumas dicas para você saber diagnosticar possíveis problemas. 

A primeira sugestão é identificar os sintomas que sugerem um câmbio desgastado. Geralmente, isto é caracterizado pelo escorregamento do câmbio quando você aplica força – a velocidade do motor irá aumentar bastante quando tentar acelerar, mesmo se a embreagem não estiver pressionada. Sob circunstâncias normais, uma embreagem normal irá “travar” o motor na transmissão, para que a velocidade dele esteja ligada às mudanças de velocidade do veículo.

Uma maneira certa de saber se o câmbio está desgastado é colocar em terceira ou quarta marcha com 55 km/h de velocidade, e pise no acelerador. Se o motor ficar com RPM alta, e o veículo não aumentar de velocidade, o circuito do câmbio está desgastado. O motor rotaciona demais pois o câmbio não possui contato suficiente com o volante do carro, fazendo com que ele escorregue.

No caso do câmbio automático, o correto é verificar se há algum vestígio de óleo na parte externa da caixa de câmbio. Se ele estiver sujo de óleo por fora, é bastante provável que esteja ocorrendo um vazamento. Então, leve-o a uma oficina o quanto antes. Se o vazamento estiver num estágio mais avançado, o óleo do câmbio passará a pingar no chão. Logo, fique de olho no chão da sua garagem. Se houver vestígios de óleo em tom meio avermelhado ou marrom claro, certamente o câmbio estará vazando.

Luzes indicativas no painel também são sintomas de que algo no câmbio automático não vai bem. Assim como é necessário prestar atenção se o veículo está “patinando” na troca de marchas. Se estiver, é possível que ele esteja com algum problema na pressão do óleo da transmissão ou nas molas da válvula reguladora.

Portanto, é de extrema importância prestar atenção em qualquer funcionamento anormal ou vazamento na caixa de marchas do seu carro, para evitar possíveis problemas devido a desgaste natural ou mesmo mau uso da embreagem. As manutenções preventivas são fundamentais para o bom funcionamento do sistema de transmissão, e podem evitar grandes dores de cabeça.

É importante ressaltar ainda que barulhos estranhos, falhas e perda de potência do motor podem estar associados ao desgaste de outros sistemas. Por isso, é necessário procurar uma oficina de confiança sempre que necessário para verificar tanto os componentes da caixa de marcha quanto os demais sistemas do veículo.

Caso não haja escapatória e a caixa de câmbio precise realmente ser trocada, a dica é fazê-lo com a maior brevidade possível, a fim de evitar que o problema se agrave e a conta no mecânico fique ainda mais salgada.

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